Ter idéia clara de; compreender, perceber:

Olho pra trás e me vejo menina, querendo entender as coisas. Preferindo não ter sonhos nem medo. Odiava palhaços, chorava quando via um. Costumava ver bonequinhos de madeira andando pelo meu quarto, dentro daquelas casinhas de madeira que todo mundo tinha. Não entendendo nada.

Não entendo porque tenho empatia com uma pessoa e nenhuma com outra.

Impossível enteder porque as nuvens não cansam, ou mesmo a lua. Não entendo sentimentos excessivos, na verdade tenho medo.
Acordo todos os dias pensando porque os hormônios femininos me deixam tão sensível.
Tenho um lado incompreensível bastante aceitável que me faz sentir um tanto quanto louca.
Minha alma circula, está cada dia num lugar.

Compreender não é tudo.
Tentamos entender tudo pelo simples fato de não nos entendermos!

"Quase" é o mesmo que nada, e a gente sucumbe!

Gêmeos ... Elemento: Ar

Eu preciso conversar, urgentemente. Alguém que não me pergunte como estou, ou como está meu curso, muito menos da minha cara de abuso, ou me perguntar porque estou tão magra. Não quero falar de religião, política, nem de novelas, nem da minha vontade de chorar. Não quero falar se tenho visto meu pai, do meu quarto bagunçado ou da lâmpada queimada. Também não quero falar de saudades. Preciso desligar minha mente, silenciar minha angústia. Detalhes que me destroem pouco a pouco.

Preciso de um ouvido alheio, para me fazer sorrir, me acalmar, me fazer um carinho, alguém para falar tolices, tipo o fato de achar que extraterrestres existem, questionar se há um tesouro na base do arco-íris, alguém perto para filosofar sobre TPM.
Alguém que não queira entender o porquê.

No final, sempre fica a sensação de que ninguém se conhece de verdade...
A realidade anda muito fora de moda!

Uma imaginação diabólica viajando neste mundo parado.
Ilusões em virtude de segredos revelados e propagação de visões e
revelações.
A ligação ao cérebro é imediata.
Tudo está interligado... 

Terapia bancária!

"Chegou o dia de ir buscar meu cartão de crédito, esperei duas horas no banco, DUAS HORAS.
Aproveito estes momentos pra colocar em prática meu lado "psicóloga" de analisar as pessoas. Entrou uma senhora, gritando e xingando o banco porque ninguém queria atendê-la, e eu estava a ponto de ir lá, abraçá-la.
Meu cartãozinho estava lá, totosinho, me esperando. Fui obrigada a pegá-lo, o outro já estava carente de limite.
Saí do banco desesperada, precisava usá-lo, consumista que sou...

-Digite sua senha...
-Senha? Q senha?
-Sua senha, ué...
-Droga, esqueci minha senha!"

GABRIELA SEMPRE GABRIELA...

Por algumas horas eu me encontro assim, face irada, presumida, Fênix... o que sempre me acontece. Sentada, tomando suco, pensando porque a preocupação com o imediatismo da vida me rouba a possibilidade de explora-lá, e se isso de fato acontece.

Emoções diante da realidade exterior, grandes revoluções na vida, coisas que, juntas, excitam-me e abatem-me.
Ouvirei as censuras resignada.

Acontece-me responder verdadeiros enganos, se alguém pergunta. Omito palavras, digo tolices e sinto que tenho um jeito meio idiota de ser.
Às vezes passo uma semana compondo pensamentos e idéias que acabam em destinos impiedosos.
Simples como o ritual de enterro do besouro morto.
Irônico e absoluto.
Esdrúxulo e irritante.
Engraçado...

Gabriela sempre Gabriela...

Eu gosto.
Verão, chuva, cheiros.
Gosto de areia, de jardins, pipoca, pé no chão.
De Soda, miojo, vodka, bocas.
Falar, gritar.
Ficar nua, de sexo, pensamentos, intenções.
Eu gosto de amor, paixão, lágrimas e sofrimentos. 

Uma questão cultural.

O que é cultura?
Que cultura é essa que tentam nos impor?
Que cultura seguir?
Temos a capacidade, o direito de escolher nossa própria cultura?

Preconceito, conflitos étnicos, discriminação racial, xenofobia...?
Essa mania de superioridade que habita a sociedade com justificativas de religião, econômia... cultura etc.
O julgamento do valor da cultura alheia é feito a partir da cultura do "eu". Passa-se, então, a desprezar os valores, o conhecimento, as técnicas.
Assim, estão lançadas as bases para o etnocentrismo.

Cultura em movimento.
Cultura não é uma coisa fixa, mas um movimento espontâneo e perpétuo.

A cultura é o que muda.

"Mentiras sinceras me interessam"

Quando o mundo é imundo!

O mundo está diferente, está totalmente diferente...
O barulho das buzinas, dos carros, das pessoas, toda a frenética agitação de um dia comum.
Em outras épocas isso tudo passaria despercebido, seria absorvido naturalmente.
Hoje as buzinas me agridem e o sol que começa a esquentar me incomoda.
Que direito tem as pessoas e as coisas de estar da mesma forma se tudo mudou, ao menos para mim?

Hoje eu sou assim: alvo atingido por uma bala!
Suo, tremo... e tudo se torna um alívio porque é o início do fim.

Amanhã sim, talvez seja o dia mágico da libertação.
Não hoje, hoje eu não tenho forças.
Só quero chorar...

“Naquela noite não o vi partir. Saiu sem fazer barulho. Quando consegui alcançá-lo ele caminhava decidido, num passo rápido.
Disse-me apenas:
-Ah! aí estás...
E segurou a minha mão. Mas preocupou-se de novo:
-Fizeste mal. Tu sofrerás. Eu parecerei estar morto e isso não será verdade...
Eu me calara.
-Tu compreendes. É muito longe. Eu não posso carregar este corpo. É muito pesado.
Continuava calado.
-Mas será como uma velha concha abandonada. Não tem nada de triste numa velha concha...
Fiquei mudo.
Perdeu um pouco da coragem. Mas fez ainda um esforço.
-Será lindo, sabes? Eu também olharei as estrelas. Todas as estrelas serão como poços com um roldana enferrujada. Todas as estrelas me darão de beber..."

E quem se importa com meu sentimento de ódio profundo?
E quem se importa com o que tá dentro?
Mundo psicodélico?
Perdida em ondas, no surreal da irrealidade humana?

Vou ser seca, e cada dia mais oca.
É isso que eu to sentindo e pronto, porra.

Seu mundo é uma merda? Calma, a brincadeira apenas começou...

A mensagem subliminar vai mudar sua vida também.

Nove e meia da manhã. Batidas insistentes na porta do meu quarto... TELEFONE!

Sabe quando você acorda assustada, tudo de uma vez?
Aí depois você pára, pensa, fixa o olhar em algo e enfim... acorda! Assim foi hoje.
Surtei a cada 3 segundos pelos mais diversos motivos.

Que idiota que eu sou.
Choro assistindo às novelas, ao recente comercial do Leite Ninho e a escrotidões parecidas.
Falo muito bem da minha mãe, quando na verdade a odeio!
Adoro reabrir minhas feridas. Caminho a passos desconexos.
Perfeição não tem a menor graça.
Eu nunca quero. Eu nunca sei. Eu nunca quero. Nada.
Tudo é uma grande bobagem diante desta bomba relógio do caralho que é a vida.

Talvez para algumas coisas, talvez para várias coisas, eu nunca soube pontuar os porquês.
Estou sempre a perguntar: "Que porra é essa?", sobre um fato desconhecido.

As minhas palavras não fazem sentido, exceto para mim.
E eu sei, sou uma PUTA de uma egoísta!

Destino insólito.

Mais uma história triste, cercada de indecisões.
Só as fadas são felizes. Voar mundos, épocas... voar, voar e só.
Na real, só o "hoje" importa. O momento presente. Eterno enquanto dure!
E ando aprendendo a gostar disso.

"Cuidado com o que vai pedir, você pode ter o azar de conseguir"... Já diziam as bruxas.

Por outro lado, me sinto um fantoche de seus caprichos, vida maldita!
Submersa... mais e mais. Vendo e ouvindo tudo. Naturezas insólitas para mim.
Acho que é hora de abandonar certos hábitos.

Façam suas apostas!

Pensando e remoendo!

Olho para o chão nú e temo que a vitória esteja longe.
A pedra-chave é um beco sem saída. Um tipo de sinal, como ínicio de uma nova era.
Sinto ansiedade por tudo e por nada ao mesmo tempo.
É irônico.
A ironia é um traço constante em minha vida. É uma forma não passiva de ver a realidade, e às vezes eu preciso dela. Momento nostalgia, sabe? Daqueles que todo mundo tem.

Às vezes eu me esqueço de como você é.
Às vezes eu sonho com você.
Às vezes eu te odeio!
Mas a verdade é que eu sou assim, viciada em você, feito chocolate.
Viver é ver você sorrir.

Existe a vida que temos que viver.
Todos são lentos demais.

Minha casa secreta.

Hoje eu me vejo assim.
Não pretendo ir a parte alguma. Estou perdida em outro lugar agora. Um lugar onde os segredos antigos afloram. Um lugar onde histórias escondidas emergem das sombras. Tudo entrelaçado, uma sinfonia silenciosa ecoando os mais profundos mistérios.

Soam sirenes em alguma parte, à distância, e sinto a mais estranha das sensações tomar conta de meu corpo. Depois de um tempo ficou assim, os sons, os sussuros... fazem parte dos meus sonhos.
A luz vem muito depois do trovão.
As ruas são igualmente vazias.
A grama que é verde no verão, não é no inverno. Mas verde ela volta a ser.
Algumas pessoas nunca voltam.

Você ficará grande e forte. E voará para bem longe daqui.
Lembre-se de mim.
Lembrarei de você.

Chuvas, tempestades e um quase dilúvio.

É preciso analisar os pecados de hoje, purificar a alma. Se castigar, castigo corpus meum.
Meus pensamentos começaram a voar para longe e alto, como os pássaros. Vou alçar vôo sem medo. Explorar a ligação oculta entre emblemas e ideologias aparentemente díspares.
Finalmente, sinto o sangue começar a escorrer.
Mudam as pessoas, muda a balada, muda a história. Começa e acaba em uma noite. Tudo é fugaz.
Não posso passar em branco por este plano, e uma vida restrita a baladas e festas é vazia demais para mim.
O mundo é uma teia de histórias e eventos profundamente entrelaçados. Tememos o que não entendemos.

A menos que decifrem o complicado quebra-cabeça (e isto talvez se perca para sempre), o amor é uma antiga verdade altamente pertubadora. Inalterável e inflexível.

Todos somos como moedas...

Encontrei-a, a vovó mais querida.
Seus cabelos curtos e finos, lhe davam um ar ainda mais sério. Seu semblante machucado pela vida e seus olhos fixos em mim me fazem confiar nela. Ela me fitou silenciosamente por alguns instantes. Tentei dizer que estava bem, mas meus olhos negaram. Disse-lhe que não gosto do tempo, que ele fere, e muitas vezes demora mais que o necessário para que se acabe. Ela lembrou-me coisas que enxugaram as lágrimas que caíam livremente pela minha face. Ela partiu.
Queria sempre ter essa paz que ela me transmite.

Não posso camuflar na transparência das minhas palavras, a minha tristeza.
Mudar faz bem.
Lavar a alma, limpar a mente e enxergar novos caminhos.